Como o exame é feito?
O exame é realizado pela colocação de um “fone de ouvido” acoplado a um aparelho específico na orelha do bebê para avaliar o funcionamento do órgão da audição (a cóclea). Trata-se, portanto, de um teste fácil, rápido e que não machuca o bebê, podendo ser feito durante o sono. Quando o exame detecta alterações, deve-se procurar um especialista responsável para esclarecer o motivo das alterações, investigar diagnósticos e orientar os pais.
Quais bebês têm indicação de realizar as emissões otoacústicas?
Como a perda auditiva congênita (que aparece ao nascimento) pode ocorrer em bebês que não tenham nenhum fator de risco, por exemplo, bebês que não tiveram nenhuma complicação na gestação ou no parto, nasceram bem, saudáveis e tiveram alta com a mãe rapidamente. O teste da orelhinha é indicado para TODOS os bebês. Assim como no teste do pezinho, TODOS os bebês precisam fazer o teste da orelhinha logo nos primeiros dias de vida.
Quando deve ser realizado o Teste da Orelhinha?
O ideal é realizá-lo nos primeiros dias de vida pois, quando alterado, geralmente faz-se um novo teste em até 30 dias. Se permanece alterado, já está indicado procurar especialista responsável para esclarecer o motivo das alterações, investigar diagnósticos e orientar os pais. Todo esse processo deve ocorrer idealmente nos primeiros 6 meses de vida, por isso a importância de realizarmos o primeiro teste logo nos primeiros dias de vida, para termos tempo de finalizar esse processo ainda nos primeiros 6 meses de vida.
Bebês que tenham algum fator de risco para perda auditiva, tem indicação, já nesse primeiro momento, de realizar o BERA .
Quais os fatores de risco para perda auditiva ao nascimento?
Os problemas auditivos em bebês podem ser ocasionados por uma série de fatores. Dentre eles, destacamos: malformações congênitas, doenças genéticas e doenças infecciosas, que atingem as gestantes como, por exemplo, a rubéola. Além disso, existem fatores de risco que podem trazer alterações aos testes de orelhinha. Neste caso, é preciso um acompanhamento médico periódico. O profissional também será responsável por analisar o desenvolvimento e identificar outros problemas de saúde. Dentre estes casos, listamos:
- Bebês prematuros;
- Bebês que possuam casos de surdez na família;
- Bebês que ficaram mais de 5 dias internados na UTI;
- Bebês que ficaram internados e/ou precisam de respirar com a ajuda de aparelhos;
- Bebês que tomaram antibióticos, diuréticos ou aminoglicosídeos;
- Bebês que nasceram com menos de 1,5kg;
- Bebês que apresentam síndromes, como Waardenburg, Alport e Pendred;
- Bebês que apresentam má formação dos lábios, orelhas ou ossos da face;
- Bebês cujas mães foram expostas a infecções durante a gravidez, como, por exemplo, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis ou HIV;
- Bebês que tiveram doenças ao nascer, tais como: citomegalovírus, herpes, sarampo, varicela e meningite;
- Bebês que sofreram traumatismo craniano ou fazem quimioterapia;